ÓRGÃOS SOCIAIS TOMARAM POSSE

Tomaram posse os membros dos órgãos sociais resultantes das eleições de 27 de dezembro.
Fernando Rodrigues foi reconduzido no cargo de Provedor, mantendo-se todos os anteriores elementos.

No discurso no ato público de posse o provedor referiu as dificuldades do mandato e as prioridades para o futuro.

AGRADECIMENTOS
O Provedor agradeceu aos colegas dos órgãos sociais que estiveram no mandato que acabou e salientou a vontade de todos na continuação do trabalho para mais um mandato, mostrando- se reconhecido pelo grau de votação das eleições que demonstra reconhecimento pelo trabalho feito e confiança no futuro.

DIFICULDADES
O Provedor referiu as dificuldades do mandato anterior e a satisfação de ter chegado ao fim com as contas equilibradas, verificando-se saldo positivo todos os meses.
UCC – «Esteve abandonada pelo empreiteiro mais de três anos. Colocamos a unidade em funcionamento e ultrapassamos as dificuldades financeiras da exploração.
CRECHE- «Após o arranque do mandato, e com a creche sempre a gerar saldo negativo, e a pensar que a valência poderia ter de fechar por falta de crianças e prejuízos agravados, chegamos ao fim do mandato com a satisfação de ver a lotação esgotada com 42 alunos e com lista de espera que não podemos resolver.»
Disse ser um problema que complica a vida às crianças e às famílias e que deve merecer a melhor ajuda das entidades locais.
LAR -«Temos 80 utentes, alguns a viverem nesta casa há mais de 20 anos. Temos uma baixa comparticipação média e uma despesa por utentes também abaixo da média oficial. É muito difícil porque precisamos de bons serviços, e garantimo-los, mas é preciso conseguir um saldo para responder à necessidade de requalificação de um edifício com 40 anos.»

BAIXA COMPARTICIPAÇÃO DO ESTADO
O Provedor salientou um problema geral que tem a ver
com uma comparticipação do Estado igual para todo o país. Sendo Montalegre um dos concelhos com menos de metade do poder de compra da média nacional (isto, é, onde as pessoas ganham menos), «como é que a Misericórdia recebe o mesmo valor que é dado para instituições em regiões ricas, e onde as pessoas podem pagar mais?»

110.000 EUROS EM AQUECIMENTO
«Para além de todos os problemas temos mais a despesa
colossal de aquecimento. Só no lar e na creche são 85 mil euros em gasóleo. As mesmas instalações em Braga ou no Porto não gastam metade deste valor e recebem o mesmo da Segurança Social.»

PRIORIDADES:
Seguidamente o Provedor referiu as prioridades do mandato:

MELHORES SERVIÇOS
O Provedor salientou a necessidade de melhorar permanentemente a qualidade dos serviços prestados, a formação, qualificação e valorização dos recursos humanos, indispensáveis a um bom funcionamento.

95 FUNCIONÁRIO
A Misericórdia passou num ano de 43 para 95 funcionários. «Somos uma instituição importante pelo serviço social, pelo emprego que cria, e pela dinamização da economia local.»

REQUALIFICAÇÃO DOS EDIFÍCIOS
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
«Submetemos uma candidatura para o lar e outra para a creche ao Norte 2020 para revestimento dos edifícios, das coberturas, substituição das caixilharias, lâmpadas leeds e sistema de aquecimento a gás natural. Trata-se de uma necessidade imperiosa de beneficiação dos edifícios para conforto dos utentes, e a sua aprovação iria diminuir os gastos de aquecimento.»

PROGRAMA PARES
«Temos um projeto de beneficiação interior e remodelação do mobiliário do lar do edifício antigo. Veremos se conseguimos enquadrar este investimento na abertura de concurso de candidaturas que está previsto.»

AGRADECIMENTO A TODOS
Finalmente o Provedor agradeceu a todos os funcionários, às entidades e aos Irmãos, pedindo um apoio coincidente com as responsabilidades que a instituição assume no concelho de Montalegre pelo serviço social, de educação e de saúde que presta, mas também por ser o maior empregador depois da Câmara Municipal.